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domingo, 27 de dezembro de 2015

Aula - mulheres na literatura brasileira

Maria Firmina dos Reis (MA, 1822-1917)
- Úrsula (1859)

Júlia Lopes de Almeida (RJ, 1862-1934)
- A Falência (1901)


Cora Coralina (GO, 1889-1985)

Cecília Meireles (RJ, 1901-1964)
- Viagem (1939)

Rachel de Queiroz (CE, 1910-2003)
- O quinze (1930)
- As três marias (1939)
- Primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras em 1977
- Memorial de Maria Moura (1992)

Zélia Gattai (SP, 1916-2008)

Clarice Lispector (Ucrânia, 1920-1977)
- Perto do coração selvagem (1943)
- A Hora da Estrela (1977)

Lygia Fagundes Telles (SP, 1923)
- As Meninas (1973, Jabuti em 1974)

Hilda Hist (SP, 1930-2004)
- A obscena senhora D (1986)

Adélia Prado (MG, 1935-)
- Bagagem (1976)
- O coração disparado (1978) - vencedor do Jabuti

Ana Miranda (CE, 1951)
- Boca do Inferno (1989)

Conceição Evaristo (MG, 1946)

Ana Cristina César (RJ, 1952-1983)

Maria Valéria Rezende (SP, 1942)
- Quarenta Dias (2014)



Aula de literatura brasileira - século XIX (em construção)




1890 - O cortiço - Aluísio Azevedo

1889 - Proclamação da República

1888 - Abolição

1881 - Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis

1852 - Memórias de um Sargento de Milícias - Manuel Antonio de Almeida

Realismo e naturalismo



Rio de Janeiro em 1889

"Em outro estudo sugeri que a Dinâmica das Memórias de um Sargento de Milícias dependia de uma dialética da ordem e da desordem, definindo um mundo algo desligado do mundo, apesar de nutrido da sua realidade. Daí o movimento do bailado e o ar de fábula, num universo onde quase não aparece o trabalho e as obrigações de todo o dia, e onde em consequência o dinheiro brota meio milagrosamente de heranças e subterfúgios, ficando aliás em franco segundo plano.
N'O Cortiço está presente o mundo do trabalho, do lucro, da competição, da exploração econômica visível, que dissolvem a fábula e sua intemporalidade. [...]
Mas então entra em cena um jogo de mediações, que modificam a relação entre ficção e realidade, porque como ficou dito, os fatos narrados tendem a ganhar um segundo sentido, de cunho alegórico. Visto deste ângulo, o cortiço passa a representar também o Brasil [...]"

Antonio Candido, "De cortiço a cortiço"

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

bluebird


There’s a bluebird in my heart that
wants to get out
but I’m too tough for him,
I say, stay in there, I’m not going
to let anybody see
you.

[...]
and we sleep together like
that with our 
secret pact

and it’s nice enough to make a man weep, but I don’t weep, do you?

Versos de Natal

Espelho, amigo verdadeiro,
Tu refletes as minhas rugas,
Os meus cabelos brancos,
Os meus olhos míopes e cansados.
Espelho, amigo verdadeiro,
Mestre do realismo exato e minucioso,
Obrigado, obrigado!

Mas se fosses mágico,
Penetrarias até ao fundo desse homem triste,
Descobririas o menino que sustenta esse homem,
O menino que não quer morrer,
Que não morrerá senão comigo,
O menino que todos os anos na véspera do Natal
Pensa ainda em pôr os seus chinelinhos atrás da porta.

Manuel Bandeira, 1939, Lira dos Cinquent'anos


Andorinha

Andorinha lá fora dizendo:
- "Passei o dia à toa, à toa!"

Andorinha, andorinha, minha cantiga é mais triste!
Passei à vida à toa, à toa...


Manuel Bandeira - Libertinagem


terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Histérica é a mãe, é a filha, sou eu, sua filha, se é assim que você quer me chamar, histérica.
Somos muitas, histéricas, loucas, neuróticas, cansadas de tantos desafios cotidianos para garantir um mínimo de respeito.
Não te chamo de filho da puta porque minha vó não é puta, bem que poderia sê-lo, somos todas putas, não? Somos todas putas.
Vadias, mal-amadas, mal-comidas, vai tomar remédio! Vai se tratar! Vai se foder!

Quanta delicadeza.
tudo isso dói
mas não choca
Só fortalece.
E dá mais certezas do porquê estamos todas aí, histéricas e unidas.