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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Melancolia ao entardecer

Quieta, um pouco assustada, aguardo o meu bebê chegar.
Estou ansiosa por conhecê-lo. Penso nele com amor, carinho, ternura - sentimentos nobres. Claro, não estou livre de tantos medos e ansiedades, mas de maneira geral, acho que estou pronta para recebê-lo em meus braços nos próximos dias com muito amor.
O que me angustia, portanto, é o de sempre. Uma sensação de solidão, um pouco de inveja dos outros que em seus Facebooks possuem tantos amigos e festas e redes de sociabilidade. E trabalho, produção intelectual em artigos e congressos e tudo parece mais bem resolvido.

Eu, eu tenho a mim mesma, tenho o meu bebê, tenho o meu marido e tenho a minha família (pai, madrasta, irmã, avó e cachorra).
Fora isso, tenho apenas parcelas totalmente incompletas de experiências sociais: amigos, trabalhos, esportes, política, interesses. Tudo quase, tudo meio, tudo pouco.

Eu queria ser diferente, mas sou assim. E isso me torna um pouquinho triste.

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