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sábado, 21 de março de 2015

Uma feminista em Ribeirão Preto

Queria beber
Cerveja e fumar um cigarro.
Fui no bar Pinguim e, como diria um amigo meu, parecia encontro de casais com cristo. Caretice.
Sentei no bar ao lado, qualquer coisa da Linguiça.
Escrevo um pouco bêbada neste momento, bêbada de chopps e cigarros e lasanha congelada bolonhesa que já pedi no hotel e chegou em cinco minutos no quarto, assinei a nota, inclusive já comi.
Mesmo assim resisto e escrevo.
Na garoa, na mesa externa do bar, no meio do chopp. o cara pediu conversa. Era isso que eu contava. Ele pediu conversa e eu dei. Logo chegaram seus amigos. Fui simpática e afirmei que jamais fui petista.
Chegou Julyana, prazer, puta da vida diante do descaso de seu ficante que vive em São Paulo e só quer saber de trabalhar e ganhar dinheiro. Ela da Paraíba, vive no Rio de Janeiro. Disse ela então: nunca havia entendido porque no Sudeste existem tantas feministas; no Nordeste somos bravas e fortes e isso está resolvido; aqui não, nos tratam constantemente como filhas da puta. Gostei. Disse a ela que gostei e que também era feminista. Os homens riram desconcertados.
Convidaram-me para um churrasco. Agradeci e não fui. Tinha um encontro com a lasanha bolonhesa congelada.
No hall do hotel, um pouco sem graça, eles já atrasados, nos reencontramos inesperadamente.
O amigo do Linguiça afirmou convicto: ela não vai ao churrasco porque é vegetariana.
- Eu não sou vegetariana, nunca falei isso.
Ele se constrangeu: eu confundi feminista com vegetariana, desculpa.
-ok, te desculpo.
Peguei o elevador e subi satisfeita, apesar.


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