No limiar dos trinta
a vida está seca como a soleira
da porta
que se abre entreaberta e se fecha entrefechada
uma vida digna honesta dura séria ereta indo adiante
e eu parada no limiar
da porta
olhando
o que foi o que virá o que
Se assustando com os mesmos sustos: quanta gente no meu bairro cidade país planeta que nunca conhecerei!
Se deleitando com os mesmos segredos: só.
Me perdendo no transbordamento dos sentidos.
Como estarei daqui a dez anos?
Mais seca ou mais úmida?
Em ambos os solos brotam plantas, desde que.
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