[...] "não se constranja, meu irmão, encontre logo a voz solene que você procura, uma voz potente de reprimenda, pergunte sem demora o que acontece comigo desde sempre, componha gestos, me desconforme depressa a cara, me quebre contra os olhos a velha louça lá de casa", mas me contive [...]
6.
Desde minha fuga, era calando minha revolta (tinha contundência o meu silêncio! tinha textura a minha raiva!) que eu, a cada passo, me distanciava lá da fazenda, e se acaso distraído eu perguntasse "para onde estamos indo?" - não importava que eu, erguendo os olhos, alcançasse paisagens muito novas, quem sabe menos ásperas, não importava que eu, caminhando, me conduzisse para regiões cada vez mais afastadas, pois haveria de ouvir claramente de meus anseios um juízo rígido, era um cascalho, um osso rigoroso, desprovido de qualquer dúvida: "estamos indo sempre para casa".
"[...] sendo que só os tolos, entre os que foram atirados com displicência ao fundo, tomam de empréstimo aos que estão por cima a régua que estes usam para medir o mundo;"
Lavoura Arcaica, 1975, Raduan Nassar
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segunda-feira, 30 de janeiro de 2017
terça-feira, 17 de janeiro de 2017
Projeto Minha Literatura Brasileira
1852 – Memórias de um Sargento de Milícias
– Manuel Antonio de Almeida
1859 - Úrsula - Maria Firmina dos Reis
1874 – A mão e a Luva – Machado de Assis
1859 - Úrsula - Maria Firmina dos Reis
1874 – A mão e a Luva – Machado de Assis
1875 – Senhora – José de Alencar
1881 – Memórias Póstumas de Brás Cubas –
Machado de Assis
[1888
– Abolição / 1889 – Proclamação da República]
1888 – O Ateneu – Raul Pompeia
1890 – O Cortiço – Aluísio Azevedo
1891 - Quincas Borba - Machado de Assis
1891 - Quincas Borba - Machado de Assis
1899 – Dom Casmurro – Machado de Assis
1901- A Falência - Júlia Lopes de Almeida
1909 – Recordações do Escrivão Isaias Caminha – Lima Barreto
1911 – Triste Fim de Policarpo Quaresma –
Lima Barreto
1924 – Memórias Sentimentais de João Miramar – Oswald de Andrade
1928 – Macunaíma – Mario de Andrade
1930 – Libertinagem – Manuel Bandeira
1930 – O quinze – Rachel de Queiroz
1934 – São Bernardo – Graciliano Ramos
1937 – Capitães de Areia – Jorge Amado
1938 – Vidas Secas – Graciliano Ramos
1939 – Viagem – Cecília Meireles
1939 – As Três Marias – Rachel de Queiroz
1943 – Perto do Coração Selvagem – Clarice
Lispector
1943 – Fogo Morto - José Lins do Rego
1943 – Vestido de noiva – Nelson Rodrigues
1945 – A Rosa do Povo – Carlos Drummond de Andrade
1947 – Contos Novos – Mario de Andrade
1951- Claro Enigma - Carlos Drummond de Andrade
1956 – Grande Sertão: Veredas – Guimarães Rosa
1958 – Gabriela, Cravo e Canela – Jorge
Amado
1959 – Crônica da Casa Assassinada – Lucio
Cardoso
1960 – Laços de Família – Clarice
Lispector
1962 – Primeiras Estórias – Guimarães Rosa
1964 – A Paixão Segundo GH – Clarice Lispector
1969 – Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres
– Clarice Lispector
1973 – As Meninas – Ligia Fagundes Telles
1975 – Lavoura Arcaica – Raduan Nassar
1977 – A Hora da Estrela – Clarice
Lispector
1977 – Tieta do Agreste – Jorge Amado
1979
– O cobrador – Rubem Fonseca
1979- Anarquistas Graças a
Deus – Zélia Gattai
1982
– A Obscena Senhora D - Hilda Hilst
1984
– Senhora Dona do Baile – Zélia Gattai
1989 - Boca do Inferno - Ana Miranda
1989 - Boca do Inferno - Ana Miranda
1992 – Memorial de Maria Moura –Rachel de Queiroz
2001
– Eles eram muito cavalos – Luiz Rufatto
2005 – Cinzas do Norte – Milton Hatoum
2014 - Quarenta Dias - Maria Valéria Rezende
2014 - Quarenta Dias - Maria Valéria Rezende
"E o mundo não é um laboratório de anatomia nem os homens são cadáveres que devam ser estudados passivamente."
"Eis aí a concepção bancária da educação, em que a única margem de ação que se oferece aos educandos é a de receberem os depósitos, guardá-los e arquivá-los" (p. 80)
"Só existe saber na invenção, na reivenção, na busca inquieta, impaciente, permanente, que os homens fazem no mundo, com o mundo e com os outros. Busca esperançosa também." (p. 81)
"É que, se os homens são estes seres da busca e se sua vocação ontológica é humanizar-se, podem, cedo ou tarde, perceber a contradição que a educação bancária pretende mantê-los e engajar-se na luta por libertação".
Paulo Freire, Pedagogia do Oprimido, 1967
"Eis aí a concepção bancária da educação, em que a única margem de ação que se oferece aos educandos é a de receberem os depósitos, guardá-los e arquivá-los" (p. 80)
"Só existe saber na invenção, na reivenção, na busca inquieta, impaciente, permanente, que os homens fazem no mundo, com o mundo e com os outros. Busca esperançosa também." (p. 81)
"É que, se os homens são estes seres da busca e se sua vocação ontológica é humanizar-se, podem, cedo ou tarde, perceber a contradição que a educação bancária pretende mantê-los e engajar-se na luta por libertação".
Paulo Freire, Pedagogia do Oprimido, 1967
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terça-feira, 3 de janeiro de 2017
Punição
"E eu vou ficar aqui, às escuras, até não sei que hora, até que, morto de fadiga, encoste a cabeça e descanse uns minutos."
Paulo Honório
São Bernardo - Graciliano Ramos, 1934
Paulo Honório
São Bernardo - Graciliano Ramos, 1934
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