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sábado, 20 de setembro de 2014

A HORA DA ESTRELA - OU - QUANTO AO FUTURO

"Teria ela a sensação de que vivia para nada? Nem posso saber, mas acho que não. Só uma vez se fez uma trágica pergunta: quem sou eu? Assustou-se tanto que parou completamente de pensar. Mas eu, que não chego a ser ela, sinto que vivo para nada. Sou gratuito e pago as contas de luz, gás, telefone."

Clarice Lispector, A Hora da Estrela (1998: 32)

"Pensando bem: quem não é um acaso na vida?"

(1998:36)

"Guardava disso segredo absoluto, o que lhe dava a força que um segredo dá."

(1998: 57)


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