Um tempo que não sei onde está. Mas mexe-se dentro do estômago. Arrebata o corpo. O olhar como o lago antes de se jogar a pedra.
Fujo de mim.
Contudo, desnudo, tento encontrar-me em você, vasculho, compartilho, abro, sangro-nos.
Não acho.
Estou em você? Sim. Mas a parte que te pertence ainda assim sou eu? Sou eu. Mas a parte que fui, serei, sou. Onde está?
Vácuo inerente ao peito cheio.
Ciúme.
Todo tempo que é meu não é seu.
Você não entende.
Entenda-me para que eu me entenda. É essa a equação?
Equação do casamento.
Um espaço. Duas pessoas. Um tempo. Dois tempos. Qual era a equação?
Sinto um cansaço. Há tempos. Descanso.
Você me conforta. E, contudo, nos força, a ser compartilhados.
Qual é a parte indivisível. O grito.
Deixe-me, ao menos um pouco. Respiro curto.
O jardim está verde, graças a Deus. Lá fora...
10/10/2007
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